O Primeiro Investimento
- Deividi Guedes
- 22 de jun. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 31 de jul. de 2019
Quando criança, aprendi que para conquistar algumas coisas precisaria de dinheiro. Ouvi sobre um tal porquinho de porcelana que era oco e com uma cavidade superior espessa à altura do lombo onde devia depositar moedas até que estivesse cheio ou precisasse muito do dinheiro, e, assim que identificasse este cenário, seria então o momento de sacrificá-lo. Sim, o porquinho deveria ser quebrado, pois só assim teria acesso às moedas que estavam em seu interior. Achava triste sacrificar o pobre coitado, mas como nunca tive um de verdade, até hoje não sei a sensação. O fato é que mesmo não tendo o porquinho oficial como manda o figurino, tive meus cofres secretos (incluindo alguns potes de margarina) onde depositava quase todas as moedas que ganhava ou conquistava. Cresci muito apegado a isso. Tanto que minha primeira coleção de alguma coisa foi justamente a intocável coleção de moedas (mas essa é outra história).

Esse foi meu primeiro investimento. Não rendia juros, mas me ensinou muitas lições. Ensinou que com paciência e planejamento pode-se conquistar muitas coisas, inclusive sonhos. Os de hoje não são mais fruto do dinheiro juntado no cofrinho, mas de todo o aprendizado que ele me trouxe. Hoje, mesmo não sendo responsável por aumentar o padrão de vida, o cofrinho ainda me salva. Sei que talvez esse texto pode decepcionar caso a expectativa fosse de ler sobre investimentos como Títulos do Tesouro Nacional, CDB's ou afins. Se esse for seu caso, fique tranquilo, prometo que falarei bastante sobre isso em outras oportunidades. Porém, todavia e contudo, sugiro que você leia até o final. Para algumas pessoas, o hábito de guardar moedas ou mesmo pequenas notas, - como todas as notas de R$ 2 que passam pela sua mão - pode salvar o orçamento de um mês ruim. Para outras, ajuda a ter um pouco de lazer ou ao menos incrementar as economias e engordar algum aporte em um investimento que renderá juros. Independente do objetivo, não despreze o tradicional cofrinho/porquinho/pote de margarina ou seja lá como você chama. Eu mesmo nunca abandonei o hábito. Muitas pessoas me falam: não posso investir, isso é coisa pra rico. Mesmo querendo deixar esse debate para outro momento, uma coisa eu posso afirmar, o cofrinho é um investimento SIM, e o mais acessível de todos. Acha que não tem dinheiro ou conhecimento para investir? Comece pelo porquinho, independente do animal/objeto que ele seja...

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